quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Pecados da língua

Dez erros de português que comprometem a vida social e as pretensões profissionais de qualquer um

20/05/2009 Texto Jerônimo Teixeira

Cuidado na hora de falar e escrever, alguns erros são cruciais na hora de arrumar um emprego

Nas grandes corporações, os testes de admissão concedem à competência lingüística dos candidatos, muitas vezes, o mesmo peso dado à aptidão para trabalhar em grupo ou ao conhecimento de matemática. Diversas pesquisas estabelecem correlações entre tamanho de vocabulário e habilidade de comunicação, de um lado, e ascensão profissional e ganhos salariais, de outro. Cresce a consciência de que as línguas bem faladas, protegidas por normas cultas, são ferramentas da cultura e também armas da política, além de ser riquezas econômicas. Confira abaixo 10 erros comuns na língua portuguesa: 1. Houveram problemas. “Houve” problemas. Haver, no sentido de existir, é sempre impessoal 2. Se ele dispor de tempo. É erro grave conjugar de forma regular os verbos derivados de ter, vir e pôr. Neste caso, o certo é “dispuser” 3. Espero que ele seje feliz e Vieram menas pessoas.Dois erros inadmissíveis. A conjugação “seje” não existe. E “menos” não concorda com o substantivo, pois é advérbio e não adjetivo 4. Ela ficou meia nervosa. “Meio” nervosa. Os advérbios não têm concordância de gênero 5. Segue anexo duas cópias do contrato. Atenção para a concordância verbal e nominal: “seguem anexas” 6. Esse assunto é entre eu e ela. Depois de preposição, pronome oblíquo tônico: entre “mim” e ela 7. A professora deu um trabalho para mim fazer. Antes de verbo, usa-se o pronome pessoal, e não o oblíquo: para “eu” fazer 8. Fazem dois meses que ele não aparece. O verbo fazer indicando tempo é impessoal: “faz” dois meses 9. Vou estar providenciando o seu pagamento. O chamado “gerundismo” não chega a ser erro gramatical, mas é um vício insuportável. “Vou providenciar” é mais elegante 10. O problema vai ser resolvido a nível de empresa. O febrão do “a nível de” parece ter passado, mas ainda há quem utilize essa expressão pavorosa. Na frase em questão, “na” ou “pela” empresa são mais exatos e elegantes

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